sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Talvez não tenha superado meus erros e o passado esteja aqui para me corroer. Não enxergo o erro que me trouxe a essa situação, sei que não é tarde para procurá-lo, mas tenho medo de encará-lo. Não quero vê-lo. Não sei se posso justificá-lo, concertá-lo e essa idéia me paralisa aqui.
Há dois dias as pessoas me perguntam o que está acontecendo e não sei responde-lhes. Estou perdida em mim. Nada do que fazia sentido ontem faz hoje, sem fazer o menor sentido para mim. Como posso explicar para alguém? Não há como esclarecer. E não quero responder e conhecer resposta alguma, apenas estar trancada em mim sem ter o que pensar. Mas minha consciência não parece querer me corresponder.
Quero muito estar com pessoas que estão distantes, os velhos amigos em tudo podia se falar. Todos ao meu redor dizem tanto de coisas certas e erradas, do que se pode ou não se fazer, que agora acredito. Meus conceitos não se distinguem. A dúvida me condena e só me resta uma folha de papel.

Juliane S. Rocha


Minhas intenções não eram e não estavam aqui comigo. Apenas procuravam respostas pelo chão. Meu perfume te trazia para o meu corpo, mas sabe o que eu gostaria? Que penetrasse minha alma, que encontrasse meu esconderijo. Esteve em mim, me encontrou. Onde foi que se perdeu? Tinha o poder de me libertar, era você minha salvação, pois não tinha forças para submergir.
Nada em mim demonstrava alguma expressão. Tudo o que sentia era dor. Apenas uma lágrima se formou foi aquela que fez explodir como uma bomba radioativa, que matava tudo o que encontrava, sentimentos traduzidos apenas em lágrimas silenciosas que não podia ver, pois estava tudo sem a presença de luz a nosso ver.
Sinto-me destinada as piores condições humanas, humilhada, banalizada e sem valor. Mas não há problemas, pois no perfeito e no melhor sempre há erros e decepções, enquanto o para sempre, sempre acaba. Me leva para casa? Preciso fecha uma porta.

Juliane S. Rocha

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